Um Breve Histórico sobre a Praia dos Artistas
A cidade de Salvador contém uma extensa faixa litorânea. São inúmeras praias, a principio sem distinção de classe, gênero, mas com o passar do tempo e crescimento da cidade elas começarem a se direcionar a um determinado publico.
O que essa reportagem ira focar, especificamente, é o desenvolvimento da Praia dos Artistas. Uma praia que começou a se destacar pela freqüência de artistas nos anos 70 e que atualmente o publico GLS adotou o espaço.
A Praia dos Artistas localiza-se no bairro da Boca do Rio mas precisamente na Praia Corsário. Ao todo engloba quatro barracas: Aruba, Republica, Bahamas e a Sky Blue, a mais antiga.
Ao chegar na praia depara-se com três enormes bandeiras do movimento GLBT, arco-íris. Algumas estátuas da cultura afro ornamentam a entrada da praia.
Pela posição privilegiada, protegida por altas dunas, que o publico GLS transformou a Praia dos Artistas como point direcionado para aquele publico em Salvador.
Foi nos anos 70 que a praia se consolidou como o local de liberdade do corpo. Porem o movimento político denominado Golpe de 64 dificultou este tipo de expressão de identidade cultural.
Segundo o jornalista aposentado do Jornal A Tarde, Álvaro Dias, 78 anos, morador do bairro da Pituba, na época da ditadura só restavam duas possibilidades: buscar essa liberdade na estrutura macro social ou entrar na luta armada.
O fenômeno Praia dos Artistas e a sua vocação para unir artistas, o movimento Hippie e outras tribos acontecem com o movimento da contracultura que a ditadura queria sufocar.
O proprietária da barraca mais antiga da praia, Aloísio de Souza Almeida, 58 anos, mais conhecido como Aloísio Sky. Ele é a pessoa mais lembrada e citada por quem já passou por lá. Sua barraca, a Yellow Sky, foi o motivo de seu apelido.
Aloísio é o primeiro barraqueiro da Praia dos Artistas e se diz parte da historia daquela praia. Uma enciclopédia viva sobre o processo de desenvolvimento do ambiente. Está lá a 28 anos. “ Era aqui onde todos costumavam se reunir. Dos vizinhos da rua Orlando Moscozo, onde morava em uma republica com diversos músicos, à gente como os irmão Zizi e José Possi Neto, até estrelas da Rede Globo e muitos outros que vinham curtir o verão de Salvador”, diz Aloísio.
Caboclo de olhos verdes, Aloísio é natural de Conceição do Almeida. Chegou em Salvador em 1973. Da sua terra só trouxe um acessório que tornaria sua marca: o chapéu. O indispensável chapéu de abas largas, tipo sombreiro, com um pano amarrado e uma calça branca são a indumentária de Aloísio há uns bons pares de ano.
Sua barraca era de palha e que funcionava somente nos finais de semana. Mas foi em 1976 – ano que começou estourar a fama – quando trocou a tabua por um tipo de lona amarela que a barraca passou a se chamar Yellow Sky. Um buraco na lona que permitia avistar o céu levou um dos antigos clientes, o Rowney Scott ( na época representante da Radio Pan AM ), hoje com 72 anos, a batizar o espaço com o nome Blue Sky Beach House.
“ Fui um dos primeiros a chegar por lá. Na verdade fui eu mesmo que coloquei o nome na barraca. Freqüentei essa barraca por um período de mais de 20 anos”, diz seu Rooney, recordando que quase separou da mulher pois em uma de suas férias ele saia normalmente as seis horas da manha e ficava na barraca ate 1h da madrugada.
Aloísio lembra muito bem dos principais clientes. Com um cardápio variado e exótico, como peixadas e dúzias de lambretas servidas a beira-mar, assim como do caruru servido na palha.
Sobre as vestimentas dos clientes, ele frisa a maneira absolutamente espontânea como as garotas amarravam seus lenços para dar formas ao biquíni, deixando a parte de cima livre, e da tanga de crochê ou chita estampada que Caetano Veloso costumava usar.
De 1976 ate os primeiros anos da década de 80, a barraca de Aloísio viveu a fase alta, como ele diz. Mas os clientes que antes freqüentavam o cenário paradisíaco, estavam começando a freqüentar praias mais distantes.
Assim outros clientes, mais precisamente o publico GLS, começou a freqüentar o ambiente, e descobriram a sua maneira os encantos e a magia que praia proporcionava.
Hoje, a Praia dos Artistas contem 4 barracas, com atendimento diversificado e uma musica que varia de MPB a musica eletrônica, como é o caso do DJ Johnny que toca na Barraca Republica. “É um prazer tocar aos domingos para esse publico ainda tão marginalizado e discriminado por uma sociedade hipócrita”.
O publico GLS viu na Praia dos Artista mais especialmente na Barraca de Aloísio a melhor maneira de sentirem a vontade, já que Salvador provem de poucos ambientes voltados párea esse publico.
8 comentários:
fkei com vontade d dar uma passadinha nessa praia tb heim...sol e mar!!!
hummm....tdo d bom!!
hehehe
bjocas
Nunca apareci por lá...qualquer dia desses,vou deixar a preguiça de lado e encarar o sol e o mar.
hehehehh x)
beijos Fau!
nunca fui,mais deu vontade...
vou la viu ninhu...
e levo aquele amigo meu...
dolle....
bjs...
vixxx.
eu ia para a praia dos artistas, mas minha amiga queria me mostrar a praia do flamengo e estalla maris.
vai ficar pra proxima vez;
Coisas do Fau!!!!!!
As vezes da vontade de ir até o farol, de Itapuã, sentar ao lado de Vinicius e trocar o maiior lero com o poeta, de Morais.
Coisas do Guigo
ei Fagner
qnto tempo
como tem passado?
tempo q não venho aki
legal otema q vc escolheu sobre a praia dos artistas, nunca cheguei a conhecer
um grande abraço
té mais
Apenas Alguém
agora meu coment vai sair!
Oi fau!
seu texto ficou muito bom!
Tou de blog tbm!hehehe
=*
você precisa abrir um livro...
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