Morre Decana da Imprensa Baiana
Fonte: A TARDE
Será sepultada às 16 horas desta terça-feira, 26, no cemitério da Ordem Terceira do São Francisco, a jornalista baiana Zilah Moreira. O velório ocorre na capela local, que fica na Baixa de Quintas. Vítima de complicações renais, após uma cirurgia por fratura de fêmur, Zilah faleceu no final da tarde desta segunda-feira, 25, aos 85 anos. Ela estava internada há cerca de dez dias no Hospital Jaar Andrade.
Decana do jornalismo baiano, Zilah foi a primeira correspondente feminina de um jornal do sul do País na Bahia, como relembra o colega e editor-chefe de A TARDE, Florisvaldo Mattos. Por mais de 20 anos, ela escreveu para o diário O Estado de São Paulo, durante o auge da ditadura militar. Teve confrontos diretos com o então governador Antônio Carlos Magalhães. “Ela marcou uma época de pioneirismo”, afirma Florisvaldo. Zilah tinha formação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Recentemente, atuava como presidente da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia. Não deixou filhos.
No depoimento que deu, no dia 21 de agosto de 2002, ao professor e historiador Luís Guilherme e a alunos de jornalismo da FIB (a entrevista foi publicada publicou no livreto Zilah Moreira, a repórter do Estadão no tempo da ditadura militar) Zilah, na época dos 83 anos, contou que quando iniciou na profissão na década de 1950 “não tinha quase nenhuma mulher no jornal” e lembrou que por essa razão os homens “faziam cara feia” para ela. Mas, com o tempo obteve o respeito de todos.
Ela começou como revisora no jornal A Tarde e passou a atuar como correspondente do Estadão quando o irmão dela Rochild Moreira, que exercia a função, morreu. Ela se gabava de ter sido a primeira repórter feminina a cobrir os “vestiários” dos times baianos após as partidas. Dessa tempo lembra das dificuldades que tinha ao entrevistar o técnico do Bahia Paulo Amaral que não gostava de jornalistas. Contou que, certa feita Amaral ficou furioso com uma matéria que escreveu dizendo que ele recorria aos terreiros de candomblé para fazer o Bahia ganhar a partidas.
Fonte: A TARDE
Será sepultada às 16 horas desta terça-feira, 26, no cemitério da Ordem Terceira do São Francisco, a jornalista baiana Zilah Moreira. O velório ocorre na capela local, que fica na Baixa de Quintas. Vítima de complicações renais, após uma cirurgia por fratura de fêmur, Zilah faleceu no final da tarde desta segunda-feira, 25, aos 85 anos. Ela estava internada há cerca de dez dias no Hospital Jaar Andrade.
Decana do jornalismo baiano, Zilah foi a primeira correspondente feminina de um jornal do sul do País na Bahia, como relembra o colega e editor-chefe de A TARDE, Florisvaldo Mattos. Por mais de 20 anos, ela escreveu para o diário O Estado de São Paulo, durante o auge da ditadura militar. Teve confrontos diretos com o então governador Antônio Carlos Magalhães. “Ela marcou uma época de pioneirismo”, afirma Florisvaldo. Zilah tinha formação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Recentemente, atuava como presidente da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia. Não deixou filhos.
No depoimento que deu, no dia 21 de agosto de 2002, ao professor e historiador Luís Guilherme e a alunos de jornalismo da FIB (a entrevista foi publicada publicou no livreto Zilah Moreira, a repórter do Estadão no tempo da ditadura militar) Zilah, na época dos 83 anos, contou que quando iniciou na profissão na década de 1950 “não tinha quase nenhuma mulher no jornal” e lembrou que por essa razão os homens “faziam cara feia” para ela. Mas, com o tempo obteve o respeito de todos.
Ela começou como revisora no jornal A Tarde e passou a atuar como correspondente do Estadão quando o irmão dela Rochild Moreira, que exercia a função, morreu. Ela se gabava de ter sido a primeira repórter feminina a cobrir os “vestiários” dos times baianos após as partidas. Dessa tempo lembra das dificuldades que tinha ao entrevistar o técnico do Bahia Paulo Amaral que não gostava de jornalistas. Contou que, certa feita Amaral ficou furioso com uma matéria que escreveu dizendo que ele recorria aos terreiros de candomblé para fazer o Bahia ganhar a partidas.
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