
31 março 2009
Gênio da literatura não vai mais escrever

24 março 2009
Vigilantes caminham por melhores salários

A classe solicita aos patrões um aumento de 6,36% sobre o salário – que atualmente é de R$ 550, um ganho real de 12% baseado no crescimento do setor da segurança privada. Outra exigência é aumento no ticket alimentação no valor de R$ 10 (atualmente é de R$ 5,50). Eles pedem um adicional de 30% por risco de vida.
Os seguranças e vigilantes são pessoas que vivem constantemente em perigo. Um salário no valor atual leva a uma desvalorização do profissional devido ao grau de periculosidade. O ticket alimentação é um desrespeito ao trabalhador, tendo em vista que, um Prato Feito (popular P.F.) está no valor de R$ 6, ou seja, os trabalhadores tem que contribuir com R$ 0,50 a mais.
Agora é aguardar pra ver qual o resultado será. Se a passeata de cerca de 10 quilômetros terá êxito ou tudo acabará em pizza.
Novo Jornalista mais opininativo
Então amigos, vamos nos deliciar em uma gostosa leitura.
04 março 2009
Muito bacana, muito legal: Bué da Fixe

Folha Salvador - Allan, desde muito pequeno você já se interessava pela música. Seu começo foi cantando em um coral da Igreja Batista. Como foi o período de transição para a axé music?
Allan Spínola – Curuminhoo... Sempre me imaginava cantando e essas imagens sempre foram eu estar cantando em cima de um trio elétrico. Então, acho que não mudou nada, pelo menos no meu interior, no meu coração lá dentro e fora. No banheiro (risos) sempre fui cantor de axé.
FS - Você disse uma vez que desafinava em casa para que a família não descobrisse que cantava bem. Seus pais não queriam cantores na família?
AS - Muito pelo contrário. Eles, quando descobriram, ficaram bué felizes. Eu que tinha vergonha mesmo.
FS - Foi na missa de sétimo dia de seu tio que você mostrou o seu verdadeiro dom, não foi isso?
AS - Até então só meus amigos sabiam que eu tinha jeito para a música. Eu sou muito tímido e até para cantar para eles, eu tinha que estar tomando umas ( bebida alcoólica). Em 2002, morreu o meu tio e resolvi cantar uma música gospel na missa de sétimo dia. Foi uma surpresa para todos e foi linda a homenagem. Depois disso, uns primos me convidaram para cantar em um grupo de samba. Durou pouco tempo porque eu tinha 18 anos e era muito verde e tímido para estar a frente de uma banda. Por isso saí.
FS - Você chegou a integrar um grupo de samba e em 2004 foi back vocal de uma banda de axé. Que banda foi essa?
AS - Em 2004, eu vi um anúncio no jornal “precisa-se de backing vocal para banda de axé”. Corri para ligar e o cara disse que eu tinha que mandar, por e-mail, umas fotos e áudios para mostrar o meu trabalho. Era tanta coisa, que falei para ele que não tinha acesso a Internet para enviar o que ele queria, mas poderia cantar ao telefone. Depois disso, ele mandou eu ir fazer um teste e fiquei na Banda Balada Nova, por seis meses.
FS - E sua estada em Portugal, como foi? Foi lá que você conseguiu formar a Bué da Fixe, não é isso?
AS - Fui para Lisboa trabalhar em uma loja de antiguidades. Depois de um tempo passei a frequentar barzinhos e conheci vários brasileiros que faziam som nesses bares e todas as sextas-feiras, à noite, eu ía “dar canjas” com eles. Depois de um tempo, montamos “Os Bué da Fixe”. Éramos cinco integrantes e não era nada parecido com a banda atual Bué da Fixe. A sorte caiu sobre a gente quando, meu chefe da loja de antiguidades, me perguntou o que eu iria fazer com o dinheiro que juntava. Eu respondi que voltaria ao Brasil para comprar uma casa e montar uma banda de axé porque era o meu sonho e que axé só dava certo se fosse em Salvador. Acho que ele teve pena, sei lá; Deus tocou o coração dele e ele foi nos assistir. Gostou muito e resolveu apostar, mas tinha o prazo de um ano para ajeitar a vida e os negócios dele por lá. Enquanto não voltava, fui me preparando. Fiz aulas de canto até voltar para o Brasil.
FS - Está sendo muito difícil entrar no mercado concorrido da axé music?
AS - Graças a Deus, 2008 foi um ano que aconteceu muita coisa boa com a Bué da Fixe. A nossa música foi uma das mais tocadas no verão. No Carnaval as pessoas responderam muito bem à nossa música. Muita gente mal conhecia a banda e mesmo assim transmitia para a gente muito carinho e estou muito feliz. Acho que as coisas estão acontecendo devagar e vai acontecer mais na hora certa. É difícil e é trabalhoso, mas não é impossível .FS - Você esse ano cantou no maior festival de música do país, o Festival de Verão Salvador. A partir daí você acredita que a banda criou maturidade pra enfrentar o carnaval?
AS - Acho que sim! Não só o Festival, mas também os ensaios na boate Madrre serviram como um pré-vestibular. Eu fui me conhecendo cada vez mais, me descobrindo como artista. Comecei a testar o que poderia dar certo no repertório e perceber o que a galera mais gostava de escutar. Sempre um ensaio melhor que o outro. A casa lotava. Depois fui ao Festival de Verão que serviu como ensaio geral da banda, com um público diferente do que eu estava acostumado na Madrre. Comecei o show com 50 pessoas mais ou menos e de repente a Arena Conta Universitária Bradesco estava completamente lotada. Havia ali umas 2500 pessoas. A partir desse momento, eu pude sentir o calor do público. Foi resposta o tempo inteiro. Aquele público me surpreendeu de verdade. Eu pude ver que, a Bué da Fixe, já era querida. Tudo isso me deu mais maturidade e forças para encarar o carnaval.
FS - A banda tem apenas oito meses de formação e você já conseguiu grande êxito. Foi eleito pelas rádios o melhor cantor revelação deste ano e está concorrendo ao Dodô e Osmar, e como forte candidato. Como você se sente prestes a ganhar projeção nacional e qual foi a sensação de subir em um trio elétrico, agora como líder de uma banda?
AS - Quando eu subi no trio foi maravilhoso. Acho que a ficha ainda não caiu e muita coisa boa aconteceu nos dias de Carnaval. Recebi muito carinho de todo mundo (minha família, meus amigos, pessoas que apreciam o nosso trabalho, da minha banda, dos meus produtores, de artistas já consagrados como Saulo da Banda Eva, que cantou comigo na Casa D’Itália, de Serginho Fernandes que cantou a minha música, Marcio Vítor, que também cantou “O som que vem da rua”, Alexandre Peixe, que me cumprimentou duas vezes e me viu quando ele passou no trio). Ivete Sangalo, Tatau e Tonho Matéria também falaram comigo. Foi tudo lindo, foi perfeito e até hoje não durmo direito (risos). Tudo isso é o que eu mais quero na minha vida. Ser reconhecido pelo meu trabalho. Aliás, todas as pessoas querem que o seu trabalho seja conhecido por toda parte e por toda gente, não é? Estou muito feliz com tudo isso e quero dizer para as pessoas que isso é resultado de um sonho e de muito trabalho. Nós estamos começando agora, ainda sou um “bebê” e tenho muito ainda para aprender e... é isso aí.
FS - Já falamos de Bué da Fixe, mas o que significa o nome da banda?
AS - Bué da Fixe significa muito bacana, muito legal, coisa muito boa. Bué significa muito, e Fixe legal. É uma gíria da galera de Portugal.
FS - O que podemos esperar do grupo e do vocalista Allan Spínola daqui pra frente?
AS - Música boa, bons shows e amor em tudo o que partir de mim e da Bué da Fixe.