PLANTÃO ÚLTIMO SEGUNDO

18 setembro 2008

Imbassahy fala propostas de governo ao Espaço Novo Jornalista

O candidato do PSDB a prefeitura de Salvador, Antônio Imbassahy, esteve na Faculdade 2 de Julho para um debate com os universitários nesta segunda-feira. Foi uma oportunidade para apresentar suas propostas para um possível mandato, caso seja eleito. O candidato conversou com Fagner Abrêu do Espaço Novo Jornalista e Folha Salvador antes do diálogo com os estudantes.

Fagner Abrêu: Candidato. O seu maior trunfo na campanha eleitoral é o desempenho dos seus governos anteriores. Nessa época o senhor tinha todo o apoio dos governos Federal e Estadual. Caso ganhe as eleições pelo PSDB, partido que não tem boas relações com o Democratas aqui na Bahia e que faz oposição ao governo do PT nacionalmente, como articular a base de sustentação do seu governo?
Antônio Imbassahy: Bem. Eu governei Salvador por dois mandatos pelo PFL, de 1997 a 2004. Com a Constituição de 1988 as prefeituras tiveram mais autonomia. As verbas que vêm do Governo Federal já caem direto nas contas da prefeitura, sem passar pelo Estado. Em relação ao governador Jacques Wagner nós fazemos parte da base de apoio do seu governo. Nós apoiamos a sua candidatura ao governo do Estado e com o presidente Lula eu tenho uma boa relação. No dia do lançamento da minha candidatura a prefeito de Salvador, o governador esteve presente e disse que muito alegrava a ele caso eu ganhe as eleições. Depois com a candidatura de Pinheiro ao prefeitura, candidato do seu partido, ele disse que era o candidato dele, o que é normal. Então não vejo que terei problemas em uma futura administração em relação aos governos Federal e Estadual.

F.A.: O prefeito João Henrique em entrevista ao Folha Salvador, afirmou que ao assumir a prefeitura encontrou a educação ocupando a 26ª posição no IDEB no ranking das capitais do país. Atualmente a capital ocupa a 16ª posição. Em tese, houve melhorias. O que o senhor vai manter e o que vai mudar caso seja eleito?
A.I.: Esse índice do IDEB não é padrão até porquê ele flutua muito. Mas em relação à educação em meu governo ela foi muito bem trabalhada. Construímos escolas municipais de primeiro e segundo graus, capacitamos os professores dando graduação plena, criamos o Portal Universitário, onde as faculdades privadas dão descontos aos professores da rede municipal para graduação e pós graduação, aumentamos o número de professores, merenda escolar de qualidade. Criamos o IPS, Instituto de Previdência do Servidor, e que com a gestão atual não está funcionando bem.

F.A.: Em seus dois mandatos o senhor construiu apenas 25 postos de saúde. Uma de suas propostas para essa gestão é construir 100 postos. De onde virá esse dinheiro, considerando que as dificuldades devem ser maiores?
A.I.: Quando acabou o mandato deixei 117 postos de saúde, todos eles funcionando, e funcionando bem. A maior receita que a prefeitura recebe em relação a saúde vem do Governo Federal e equivale a 75% um total de quase R$ 750 milhões. O restante é da receita do próprio município. Bem, para se montar um posto de saúde se gasta cerca de R$ 300 mil, sendo ele completo, com equipamentos. Então é possível. Eu consegui na outra gestão, sendo que naquela época o Brasil enfrentara inúmeras crises e os recursos estavam mais difíceis por parte do Governo Federal. Hoje o Brasil está mais preparado e não vejo dificuldades. Pretendo construir mais três maternidades para atender as regiões de Itapuã, São Cristóvão, Mussurunga, Subúrbio, Cajazeiras e Fazenda Grande. A vaga garantida para o parto onde ela, a mãe, ganhará uma carteira onde estarão contidos seus dados pessoais e mais o mês previsto para o parto e onde ela ganhará o bebê. É possível trabalhar para o bem estar do povo.

Antes de iniciar o debate com os estudantes, o candidato ainda falou sobre suas propostas em relação a cultura. Imbassahy afirmou que devido aos inúmeros problemas que a saúde, a educação, a segurança pública têm vivido na atual gestão, a cultura tem perdido espaço. Porém, o candidato frisou que Salvador é o berço cultural do Brasil e que este potencial tem que ser explorado. Ele afirmou que pretende revitalizar o Pelourinho e investir no poder cultural do povo de Salvador. Pretende criar espaços para eventos nos bairros e dar apoio às bandas de música, grupos de dança, teatro, artes, artesanato, capoeira, entre outros.

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