PLANTÃO ÚLTIMO SEGUNDO

20 fevereiro 2008

Fidel renúncia ao poder cubano







Fidel Alejandro Castro Ruz é o primeiro-secretario do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba. Ele governa o país desde 1959 como chefe de governo e desde 1976 como chefe de estado.

Naceu na cidade de Birán no estado de Holguín, Fidel é filho da união entre Ángel Castro Argiz, imigrante da Galiza (Espanha) e de Lina Ruz Gonzales. Foi educado em colégios jesuítas, como o La Salle, Dollores e no Colégio Belén em Havana.

Em 1945 entrou na Universidade de Havana. Estudou Direito e já no segundo ano do curso juntamente com seu amigo Baudilio Castellanos editou um jornal mensal denominado Saeta. O periódico reproduzia além de outras coisas, conferências de classes para entregar gratuitamente a seus colegas de estudo.

Enquanto permaneceu na Universidade, Fidel Castro foi dirigente da Federação de Estudantes Universitários (FEU). Participou da frustrada Expedição de Cayo Conflites (1947). Colaborou no projeto para celebrar o Congresso Latino-americano de Estudantes que coincidiu com a IX Conferência Panamericana que o aproximou de Alfredo Guevara, na Colombia.

Depois que se graduou, dedicou-se ao início da vida pública. Defendeu os opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunicando as corrupções do governo de Carlos Prío. Vinculou-se estreitamente ao Partido do Povo Cubano, de inclinação ortodoxa, que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952. O golpe de estado em 10 de março de 1952, por Fulgêncio Batista, fez com que Fidel buscasse novas formas de ação para tranformar a sociedade cubana.

Em 26 de julho de 1953, Fidel funda o Movimento Revolucionário 26 de julho, conhecido como M26-7, que foi marcado pelo ataque aos quartéis de Moncada em Santiago de Cuba.

Com essa atitude Fidel foi preso em Santiago de Cuba, condenado a 26 anos de prisão, em 1954. Graças a um amplo movimento popular foi anistiado em 1955.

Dois dias depois de ser anisitado rumou para o México onde começou a preparar seu plano para a derrubada do presidente Fulgêncio Batista. Com a ajuda do médico argentino e revolucionário, Ernesto Che Guevara, fortaleceu o Movimento Revolucionario 26 de julho. Em 1955 viajou para os Estados Unidos em busca de apoio dos emigrados cubanos neste país e fez vários discursos em Nova Iorque e Miami.

No final de novembro de 1956, Fidel partiu do porto mexicano de Tuxpan, a bordo do Iate Granma, com dezenas de combatentes e em 2 de dezembro desembarcou em Sierra Maestra ficando por mais dois anos a frente do Exército Rebelde Cubano.

Em 1 de janeiro de 1959, Fidel derrubou a ditadura Batistiana, convocou generais para consolidar a vitória da Revolução e marchou até Havana, onde entrou em 8 de janeiro de 1959. Após a vitoria, Fidel Castro visitou os Estados Unidos. Com o apoio da ex-URSS adquiriu um poderio econômico e militar. A pequena ilha e seu comandante foram estopim para uma quase possivel armada nuclear no Caribe. Misseis soviéticos foram mirados para os Estadios Unidos em terras cubanas.
As relações mundiais não são das melhores. Os Estados Unidos fechou relações com Cuba desde a Revolução. A União Européia fez o mesmo. Viajou por vários países onde fez palestras em Universidades da America Latina, Europa, America do Norte. Em 1961 foi lhe atribuido o Prêmio Lênin da Paz. Várias universidades da America Latina e da Europa lhe conferiram o titulo de Doctor Honoris Causa. Recebeu o Prêmio Mijail Sholojov ortogado pela União de Escritores da Rússia em 1995.

A Renúncia

Desde 1996 Fidel já vinha falando de sua renúncia. Seu irmão, Raul Castro ministro da defesa, já era tido como possível sucessor.

Em 2004 após um discurso, Fidel tropeça e cai quebrando o braço. Começava ali o fim de uma lenda viva, o maior ditador de todos os tempos.

Em 31 de julho de 2006 Fidel Castro fora submetido a uma cirurgia gastrointestinal para a retirada de um câncer. Ele passa o poder temporariamente ao seu irmão mais novo Raúl Castro.

Fidel internado não comparece ao festa do 50º aniversário da Revolução Cubana e a festa comemorativa do seu aniversário. Fidel começava a demonstrar que sua renúncia estava ficando cada vez mais perto.

Em 18 de dezembro de 2007 Castro divulga ensaios em que afirma não querer o poder eterno e não pretender "obstruir o caminho para os mais jovens". Repete o tema dez dias depois, em seção parlamentar.

Em 19 de fevereiro de 2008 Fidel através do periódico Granma revela sua renúncia total do poder de Cuba. Em uma carta afirma que não aspirará e nem aceitará o cargo de presidente do Conselho de Ministros nem de Chefe de Estado, alegando não está com condições boas de saúde para administrar o país.

Fidel deixa um legado importantíssimo para a conjuntura mundial. Cuba tornou-se um país de economia planificada, de inclinação socialista, índice de analfabetismo de 2%, potência olímpica e detém a melhor medicina do mundo. É um país ainda fechado economicamente. As relações econômicas mundiais são com poucos países dentre eles Brasil e Venezuela pelo qual tem um carinho muito grande pelos dois chefes de estado.

Cuba irá passar por uma transformação lenta e gradual de poder, mas ninguém esquecerá a Revolução Cubana e a importância de Fidel Castro para consolidação daquele país.

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