PLANTÃO ÚLTIMO SEGUNDO

25 setembro 2008

Pinheiro apresenta suas propostas

O candidato a prefeito de Salvador pelo PT, Walter Pinheiro, esteve na Faculdade 2 de Julho para um debate com os estudantes. Pinheiro abordou suas propostas para a capital caso seja eleito prefeito. Antes do debate o candidato falou com Fagner Abrêu do Espaço Novo Jornalista e do Folha Salvador.

Fagner Abrêu: O senhor, em suas propagandas políticas, tem apregoado a necessidade de uma ação conjunta entre os Governos Estadual e Federal. Não é um equívoco defender a necessidade de o prefeito ser do mesmo partido do governador e do presidente considerando que independentemente da sigla partidária, se governa para a população? A demora da definição em quem o governador Wagner e o presidente Lula apoiariam prejudicou sua campanha?
Walter Pinheiro: Bem. Em minha campanha eu não tenho dito que é necessária uma ação conjunta entre os Governos Federal e Estadual. Tenho dito que com a parceria dos dois governos será mais fácil governar, pois conheço bem o presidente Lula e o governador Wagner, fomos militantes partidários e fundamos o Partido dos Trabalhadores. Com essa parceria, é claro que será muito mais fácil governar e conseguir recursos para a cidade. Agora, o que prejudicou um pouco nossa campanha foi a definição das prévias. Somente em maio que foi lançada a minha candidatura, isso foi o que mais prejudicou. E em relação ao apoio do governador Wagner ele já deixou claro quem é o candidato dele para Salvador.

F.A.: Conforme o censo do IBGE-2000, o déficit habitacional de Salvador é de 85.429 habitantes. Porém, atualmente, este dado já deve se aproximar a 100.000 habitantes. O senhor tem algum projeto para diminuir estes números? Existe verba para a realização?
W.P.: Salvador tem um déficit habitacional que beira os 100.000 habitantes. Isso foi devido ao crescimento desordenado que a cidade sofreu durante muitos anos. As pessoas vinham do interior para estudar em Salvador e aqui ficavam depois de formados, ocasionando o inchamento populacional, dentre outros fatores. No governo do presidente Lula foram criadas duas universidades federais, a do Recôncavo e a do São Francisco, e uma terceira está por vir que, a do Oeste. Com essas faculdades instaladas no interior baiano as pessoas deixarão de vir pra Salvador. O que queremos fazer é dar uma cara nova pra Salvador, investir em infra-estrutura urbana. As pessoas estão construindo casas desordenadamente em lugares de risco, desmatando áreas que deveriam ser preservadas. O Cidade Verde é um dos nossos projetos, em parceria com Wagner e Lula vamos integrar as ações de saneamento, habitação e proteção ambiental. Vamos implantar o Ronda 24h onde a polícia vai está mais perto da população, as viaturas não poderão sair dos bairros e os policias vão cobrir uma área de três quilômetros quadrados. Vamos ampliar as ações do Pronasci, o maior e mais completo programa de segurança já realizado no Brasil.

F.A.: O PT de Salvador é contra esse PDDU proposto pelo prefeito João Henrique. O senhor tem dito que irá fazer uma discussão pública em relação ao PDDU. Quais são as críticas que o senhor tem em relação ao plano e como será essa discussão pública?
W.P.: Nosso governo vai ser o mais democrático possível. Vamos sempre pedir a opinião da população em relação as nossas atitudes no governo municipal. Em relação ao PDDU ele tem uma série de problemas e precisamos revê-los. O PDDU atual deixou o subúrbio e os bairros populares de lado, entregou a orla marítima e a paralela a interesses imobiliários e não apresentou solução para a moradia do povo. Temos que revitalizar Salvador. Um bom plano diretor contribuirá para a melhoria de diversos setores da cidade. Daqui a alguns anos, teremos a Copa do Mundo de Futebol e Salvador não poderá ficar de fora. Luto para que o novo estádio seja na Fonte Nova e não na Paralela, pois assim iremos fortalecer a região da cidade baixa, do subúrbio. Se for na paralela vamos fortalecer a região do Litoral Norte e de cidades da região metropolitana de Salvador, fugindo totalmente dos nosso interesses. Proponho sim uma revisão desse PDDU que, do jeito que está, não nos favorece em nada.

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